Nasceu
a mais nova integrante da família real britânica, às 8 horas e 44 minutos do
dia 2 de maio passado, no hospital Saint Mary em Londres. Recebeu o nome de
Charlotte Elisabeth Diana em homenagem ao avô – que torceu para vir uma menina
– já que Charlotte é a fórmula feminina de Charles. Também homenageia a bisavó
rainha Elisabeth II e a avó Diana. O nome constava da lista de apostas ficando
atrás de Alice, que liderava os lances.
Uma
hora após o anúncio oficial do nascimento, ouviu-se uma salva de 62 tiros de
canhão e repiques de sinos que se estenderam por 3 horas. Os súditos ingleses
acompanham com entusiasmo cada passo do acontecimento, chefes de Estado enviam
felicitações e o mundo inteiro compartilha da alegria de William e Kate.
A
princesa Charlotte tornou-se a 4ª na linha de sucessão ao trono, ficando atrás
do avô, do pai e do irmão George. Seu nascimento põe fim à tradição da
primogenitura masculina que já durava 300 anos. Assim, a princesinha nunca
poderá ser ultrapassada na escala de sucessão por um irmão do sexo masculino,
mais novo. Apenas os filhos de George poderão ultrapassá-la.
Fatos,
assim, felizes, alavancam a popularidade real britânica, muitas vezes abalada
por escândalos. A cada evento da realeza, surge a figura inesquecível de Diana,
“a princesa do povo”. Sua vida infeliz
mais gestos humanitários e figura bela, coroaram-na com a aura dos anjos do
bem. Enquanto seu casamento com Charles
revestiu a realeza de popularidade, sua morte fez despencar o apreço pela realeza. Agora, Kate e William são responsáveis pelos
bons olhos do mundo sobre a família real. O casamento deles, as aparições dela,
sempre admirada e copiada, e a simplicidade do casal que agora apresenta a
pequena Charlotte, compõem, com a fofura
de George, o retrato de uma família feliz. Considerando, também, a figura da
rainha Elisabeth II - para muitos é apenas mero adorno, cujo poder político é
exercido pelo parlamento - é inegável a
admiração e respeito que lhe devotam o povo britânico e os países.
É
comum, em acontecimentos de grande repercussão, surgirem brincadeiras de
curiosos e irreverentes. Uma delas é
sobre Kate. Ela reapareceu tão linda e elegante após o parto com a filhinha ao
colo, que espalhou-se o boato de que ela teria dado à luz dias antes, e só
apareceu quando já estava refeita. Outro fato é sobre a certidão de nascimento
da menina, de cujo registro consta a profissão dos pais: príncipe e princesa do
Reino Unido. Significa que eles não
trabalham, somente reinam, quando, na verdade, William tem uma profissão.
Acredito
em que esse fascínio pelas realezas – também de Mônaco e outras – seja fruto da
imaginação infantil que se perpetua em nós. Acalantados pelos contos de fadas,
procuramos na magia de reis, rainhas e princesas, satisfazer incompletude,
desejos e anseios.
Embora
as pompas dos nobres nada representem de substancioso, é bom noticiar e
propagar motivos de alegria. É interessante respirar um ar puro em meio a tanta
violência, catástrofes naturais ceifando milhões de vidas, e ao arrocho
brasileiro que vai nos moer os ossos por muito tempo.
É
alentador noticiar o despontar de uma vida, que os príncipes de Gales sabem
revestir de encantamento. Pelo instante de magia, saudamos carinhosamente Sua
Alteza Real Princesa Charlotte.