sexta-feira, 8 de maio de 2015

Charlotte, a princesa


Nasceu a mais nova integrante da família real britânica, às 8 horas e 44 minutos do dia 2 de maio passado, no hospital Saint Mary em Londres. Recebeu o nome de Charlotte Elisabeth Diana em homenagem ao avô – que torceu para vir uma menina – já que Charlotte é a fórmula feminina de Charles. Também homenageia a bisavó rainha Elisabeth II e a avó Diana. O nome constava da lista de apostas ficando atrás de Alice, que liderava os lances.
Uma hora após o anúncio oficial do nascimento, ouviu-se uma salva de 62 tiros de canhão e repiques de sinos que se estenderam por 3 horas. Os súditos ingleses acompanham com entusiasmo cada passo do acontecimento, chefes de Estado enviam felicitações e o mundo inteiro compartilha da alegria de William e Kate.
A princesa Charlotte tornou-se a 4ª na linha de sucessão ao trono, ficando atrás do avô, do pai e do irmão George. Seu nascimento põe fim à tradição da primogenitura masculina que já durava 300 anos. Assim, a princesinha nunca poderá ser ultrapassada na escala de sucessão por um irmão do sexo masculino, mais novo. Apenas os filhos de George poderão ultrapassá-la.
Fatos, assim, felizes, alavancam a popularidade real britânica, muitas vezes abalada por escândalos. A cada evento da realeza, surge a figura inesquecível de Diana, “a princesa do povo”.  Sua vida infeliz mais gestos humanitários e figura bela, coroaram-na com a aura dos anjos do bem.  Enquanto seu casamento com Charles revestiu a realeza de popularidade, sua morte fez despencar o apreço pela realeza.  Agora, Kate e William são responsáveis pelos bons olhos do mundo sobre a família real. O casamento deles, as aparições dela, sempre admirada e copiada, e a simplicidade do casal que agora apresenta a pequena Charlotte, compõem, com  a fofura de George, o retrato de uma família feliz. Considerando, também, a figura da rainha Elisabeth II - para muitos é apenas mero adorno, cujo poder político é exercido pelo parlamento - é  inegável a admiração e respeito que lhe devotam o povo britânico e os países.
É comum, em acontecimentos de grande repercussão, surgirem brincadeiras de curiosos e irreverentes.  Uma delas é sobre Kate. Ela reapareceu tão linda e elegante após o parto com a filhinha ao colo, que espalhou-se o boato de que ela teria dado à luz dias antes, e só apareceu quando já estava refeita. Outro fato é sobre a certidão de nascimento da menina, de cujo registro consta a profissão dos pais: príncipe e princesa do Reino Unido.   Significa que eles não trabalham, somente reinam, quando, na verdade, William tem uma profissão.
Acredito em que esse fascínio pelas realezas – também de Mônaco e outras – seja fruto da imaginação infantil que se perpetua em nós. Acalantados pelos contos de fadas, procuramos na magia de reis, rainhas e princesas, satisfazer incompletude, desejos e anseios.  
Embora as pompas dos nobres nada representem de substancioso, é bom noticiar e propagar motivos de alegria. É interessante respirar um ar puro em meio a tanta violência, catástrofes naturais ceifando milhões de vidas, e ao arrocho brasileiro que vai nos moer os ossos por muito tempo.
É alentador noticiar o despontar de uma vida, que os príncipes de Gales sabem revestir de encantamento. Pelo instante de magia, saudamos carinhosamente Sua Alteza Real Princesa Charlotte.





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