domingo, 25 de abril de 2021

Livro – conhecimento e prazer


Transcorreu o dia do livro, 23 de abril. Não posso deixar de escrever um pouco sobre esse tesouro que faz parte de minha vida.
Sendo um veículo de conhecimento e de prazer, é ele que ensina, diverte, alegra, mostra caminhos, dá cultura e sabedoria.
Todos os grandes escritores do mundo, em entrevistas, afirmam que o livro foi o grande construtor do ofício de escrever. Completam dizendo que, desde crianças, sempre leram muito. Monteiro Lobato, ainda na infância, leu todos os livros da biblioteca de seu avô.
Por sua importância, a leitura deve fazer parte da vida de toda criança. É na infância que se formam os bons hábitos para a vida toda. E o livro deve ser o melhor companheiro de quem deseja crescer, aprender com suavidade e ter uma vida mais feliz.
Escrevo, desde 1978, e lá se vão 43 anos, dedicando-me, à literatura, principalmente para o público infantil. Posso reafirmar, com certeza, que é na infância que se deve começar a amar os livros para que o hábito de leitura se estabeleça desde cedo.
Ministro oficinas de Produção de Textos, há 30 anos, e vejo o quanto a leitura ajuda os alunos no ato de escrever. Lembrar que a leitura estimula a criatividade, exercita o cérebro, melhora a concentração e a memorização, amplia o vocabulário e os conhecimentos gerais, desenvolve o encadeamento de ideias e a habilidade de escrita, desperta o senso crítico e flexibilidade analítica e transporta o leitor para outro universo.
Para que o hábito de leitura se estabeleça, a criança tem de gostar de ler. Por isso, a família tem grande importância nesse aspecto. Só os pais podem oferecer livros aos filhos, desde bem pequenos. Mesmo sem saber ler, é bom que eles conheçam o livro e observem a capa, os desenhos e a história, que deve ser contada pelos pais ou por outras pessoas. É muito interessante ter amizade com o livro desde bem pequenos para que saibam que aquelas histórias encantadas saem do livro. A criança percebe que o livro encerra maravilhas. Assim, começa o gosto de ler sem a obrigação ou dever imposto. Quando a criança já tem esse gosto, a escola aprimora e o aluno se transforma em um leitor sem dificuldades para ler e escrever.
Continuo escrevendo e ministrando oficinas de Produção de textos, na certeza do bem que posso plantar na vida de nossas crianças. E trabalhando para que as crianças gostem de ler, teremos adultos leitores. É bom lembrar que há muitos adultos que não gostam de ler, a não ser poucos artigos de jornal. A maravilha que nos chegam dos livros, dão sugestões para a jornada. Não posso imaginar uma pessoa adulta que passe a vida ser ler Dom Casmurro de Machado de Assis; Primeiras Histórias de Guimarães Rosa; Bagagem, livro de poesia de Adélia Prado; crônicas de Rubens Braga e Fernando Sabino, livros de Fernando Pessoa. E mais uma infinidade de leituras boas.
Nesta Pandemia, o livro tem ajudado a passar o tempo com o coração feliz. Quando voltarmos à vida normal, o livro, certamente, ficará conosco.
Marilene Godinho


segunda-feira, 19 de abril de 2021

Roberto Carlos – 80 anos

 



Roberto Carlos está completando 80 anos de vida.  Muitas homenagens estão sendo preparadas para esse cantor e compositor brasileiro considerado “O Rei” da música romântica.

            Nasceu em Cachoeiro de Itapemirim, no Estado de Espírito Santo, no dia 19 de abril de 1941. Filho de um relojoeiro, Robertino Braga, e da costureira Laura Moreira.

Teve uma infância modesta.  Em 1947, ainda criança, sofreu um acidente na linha férrea, perdendo a perna. Acontecimento que o marcou  e foi descrito na música “O Divã”. Mas, embora triste, esse episódio não o atrapalhou na conquista do sucesso, pois sua alma guerreira só se move para o alto.

Roberto foi líder do movimento musical chamado Jovem Guarda dos anos 60, que o elevou ao status de ídolo da geração. Com ele estiveram Erasmo Carlos e Wanderléa, e juntos fizeram parte do primeiro movimento musical de rock brasileiro.  Celebrava uma grande amizade com Erasmo Carlos, que foi seu parceiro em muitas composições musicais.

Além de cantor e compositor, participou de muitos filmes e festivais no Brasil e em outros países. Ganhou o Festival da Canção na Itália, que foi um retumbante sucesso. Todo ano ele lança um disco inédito e faz uma apresentação na Globo. É o artista solo com mais álbuns vendidos na história da música popular brasileira, incluindo gravações em espanhol, italiano, francês e inglês.

O livro “Roberto Carlos em Detalhes” do jornalista e historiador Paulo César Araújo, foi lançado em 2006. A obra foi recolhida das livrarias depois que Roberto recorreu à Justiça alegando invasão de privacidade e admitindo que a biografia não foi autorizada.

Sua vida amorosa foi bastante movimentada. No período da Jovem Guarda, consta que ele teve um caso passageiro com Maria Stella Splendore, então mulher do famoso estilista Dener. Há possibilidade de o cantor ser pai da filha de Maria Stella, Maria Leopoldina Splendore Pamplona de Abreu. Isso teria sido o pivô da separação de Dener e Maria Stella.

O cantor, segundo pesquisa, teve casos efêmeros com Maysa, Sílvia Amélia Chagas e Sônia Braga. Em 1968 casou-se em Santa Cruz de La Sierra, Bolívia, com Cleonice Rossi, com quem teve dois filhos: Roberto Carlos Segundo, chamado de O Segundinho, e Luciana. Segundinho nasceu com glaucoma de difícil tratamento. Roberto assumiu a paternidade de Ana Paula Rossi Braga, filha da sua mulher com um namorado que não quis assumir a paternidade.

Teve um romance com Miriam Rios com quem manteve um casamento de 11 anos. Em 1990 descobriu que de seu breve relacionamento com a modelo Maria Lúcia Torres resultou um filho, Rafael Carlos Torres Braga, que ele assumiu através do teste de paternidade.

Enfim, o encontro de almas gêmeas ocorreu com Roberto e Maria Rita Simões, em 1996. Segundo Roberto, foi o maior amor de sua vida. Casamento repleto de cuidados, atenções, amor eterno. Ela morreu em 1999, deixando Roberto desolado e recluso por muito tempo. Até hoje, Roberto fala de Maria Rita com saudades e recordações que não morrem.

Ele merece grandes homenagens por seu trabalho que encantou e encanta multidões. Atualmente, tem público cativo e numeroso em suas aparições.  Ninguém se esquece das músicas que serão eternas no coração da gente.  Algumas: Detalhes, A distância, Cama e mesa, Lady Laura, Amada amante, Amigo, Proposta, Outra vez, Cavalgada e outras.

Que Deus abençoe nosso Roberto Carlos com saúde, alegrias, sucesso, inspiração, paz.  Que possamos por muitos anos, ainda, ouvir suas canções que sempre nos remetem a momentos de ternura.

Marilene Godinho

 

 

segunda-feira, 12 de abril de 2021

Felicidade – uma busca constante

 



Todos nós queremos ser felizes. A felicidade é definida como sendo um estado de satisfação plena, bem-estar.

Felicidade é uma palavra sempre presente em nosso dia a dia. Desejamos felicidade nos cartões de Natal, de aniversário, de cumprimento e de visita. Desejamos felicidade com tanto entusiasmo que nos parece possível entregá-la a outra pessoa pelo simples desejo. 

Muitos dizem que não há felicidade, há momentos felizes. Outros discordam porque há muitas pessoas felizes o tempo todo.  A felicidade é, muitas vezes, um estado de espírito que acompanha muita gente.   É claro que há desejos, que realizados, fazem a pessoa que desejou muito feliz. Ganhar na loteria, terminar o curso superior, encontrar uma velha amiga, conhecer cidades e países em viagem turística. Tudo isso são momentos que trazem felicidade. Mas acredito que a grande felicidade é a felicidade interior que nos leva a nos sentirmos felizes em todo tempo, e todo lugar. Ela não depende de dinheiro, embora o dinheiro – segundo Carlos Drumond de Andrade – só não traz felicidade para quem não sabe gastá-lo. Penso que sem dinheiro, sem poder comprar o necessário, sem poder dar ao filho aquilo de que ele precisa e deseja, não traz felicidade.

Para mim, os elementos da felicidade são Saúde, Paz, Amor, Dinheiro.  Lembrando que o amor a que me refiro é o amor de amigos, família e amor de namoro. Com esses elementos a felicidade acontece com facilidade. 

Sempre visitávamos uma família amiga de meu pai. Casa simples, um cafezinho com biscoito de polvilho, uma prosa boa. Um dia, a mãe dessa família disse que se sentia a mulher mais feliz do mundo com o que tinha, com a vida simples que levava ao lado do marido e dos filhos.  Há, no entanto, outras pessoas que mesmo tendo tudo, sentem-se infelizes, reclamando de tudo. 

Clarice Lispector escreveu: “Tenho felicidade o bastante para fazê-la doce, dificuldades para fazê-la forte, tristeza para fazê-la humana e esperança suficiente para fazê-la feliz.”

Há sofrimentos na vida que tiram a felicidade. Certa mãe, grande amiga minha, perdeu uma filha e disse que, desde então, nunca mais foi feliz. E a família diz que realmente ela nunca mais sorriu, cantou ou brincou como antes.

A felicidade, muitas vezes, tem de ser conquistada.  Bons amigos, família unida, trabalho e disposição para ser feliz. O amor é uma fonte de felicidade. Um poeta disse: Quando o amor pedir um pingo de atenção, por favor, chova!

Na grande parte do tempo, a felicidade vem de fatos pequenos, de coisas simples. Quando meu irmão saiu do hospital, onde ficou internado por muitos dias, em estado grave, disse: a única coisa que desejo é simplesmente estar em casa com minha família. Quero apenas sentir a vida correndo sem grandes acontecimentos. Depois de ter perdido a felicidade, só a reencontrou nas coisas simples.

Nestes momentos de tanta dor por causa da pandemia, que tem levado vidas, e trazido medo e sofrimentos, temos de arranjar momentos para sermos felizes. Encarar com otimismo essa situação difícil, sabendo que um dia ela passará e voltaremos a ser felizes novamente. Descobrir e inventar alegrias e calma para não deixar morrer a felicidade. E a fé é a maior luz para encontrarmos a felicidade em momentos de luta e lágrimas.

Marilene Godinho

 

 

domingo, 4 de abril de 2021

Caratinga perde Agnaldo Timóteo

 


Morreu ontem nosso querido ídolo, Agnaldo Timóteo. Filho amado de todos de nossa terra, foi acometido da Covid-19 e não resistiu. Fragilizado pelo AVC do qual estava ainda se recuperando e pela idade de 84 anos, seu organismo não conseguiu reagir bem.

O Brasil inteiro lamentou a perda irreparável. Depoimentos como os de Ronnie Von, Moacir Franco, Artur Xexéo e outros mais, encheram a televisão de palavras  elogiosas. Também Caratinga recebeu a notícia de sua morte com lágrimas de uma inacreditável tragédia. Comuniquei seu passamento a muitos amigos, e Monsenhor Raul disse que celebraria missa por ele.

Agnaldo amava Caratinga e nossa gente com a força de seu generoso coração. Em suas apresentações, nunca se esquecia de nomear sua terra e amigos daqui.

Eu choro e me emociono muito por ter sido um de meus melhores amigos. Nossa aproximação aconteceu quando eu lhe fiz uma homenagem pelos 21 anos de carreira. Coloquei no palco toda sua vida contada com arte. Houve danças, teatro, música. E ele gostou muito de minha voz e queira que eu gravasse um disco. Fui sempre protelando. Mas nossa amizade foi crescendo, e eu nunca mais fiz festa sem ele. Na comemoração dos 100 anos da catedral, ajudei ao Monsenhor Raul nas festividades, e trouxe o Agnaldo que deu show.   Ele nunca faltou às minhas festas de lançamento de meus livros. Sempre presente com carinho e atenção. Na homenagem que fiz para o Padre Boreli, ele veio e deixou a platéia de 912 pessoas encantada.  Quando homenageei o Ziraldo com um desfile das escolas nas ruas, Agnaldo fez a abertura cantando “os verdes campos de minha terra”. Ziraldo chorou.  Diante de tanto sucesso dele, pensei em homenageá-lo, outra vez, mas com gestos de eternidade. Humberto Luiz Salustiano Costa, também um grande amigo dele e meu, gostou da ideia, que ele também já havia ventilado, e juntos reunimos um grupo de pessoas e trabalhamos. Fizemos uma estátua do Agnaldo que hoje está na praça Getúlio Vargas.  Ele se sentiu muito feliz e disse sobre a homenagem:         “ Esse é um sonho que eu nunca ousei sonhar.”

Nossa amizade só foi crescendo e eu tive o prazer de recebê-lo muitas vezes em minha casa. Telefonava-me quase todas as semanas e muitas vezes tomou o café da manhã e almoçou comigo. No dia de ano de 2019 ele passou conosco e recordou sua trajetória. Disse da dificuldade de ter sido reconhecido por causa dos preconceitos. Contou-me do sucesso no Brasil e no exterior. Contou sobre sua vida política e pormenores de sua rotina.

Quando sofreu o AVC falei com seu sobrinho todos os dias, e rezei muito por sua recuperação. Saiu bem da doença e já estava cantando sem sequelas.  Gravou uma música de louvor a Deus e, antes de se internar para o tratamento da Covid-19, cantou uma canção, composta por ele, pedindo a Deus acabar com essa terrível pandemia.

Ele foi um gigante como artista, cujo talento é reconhecido por todos. Sempre amou Caratinga elevando-a aos píncaros das estrelas. Foi um filho abençoado cuidando de Dona Catarina com o maior amor do mundo, chamando-a sempre quando se apresentava, seja cantando, seja discursando em púlpito político. O “alô, mamãe” já era quase uma oração.  Foi um irmão dedicadíssimo, sempre protegendo sua família.  Caridoso, ajudava os cantores que ficavam pobres depois da aposentadoria. Pagava caixões àqueles que morriam da indigência.   Dedicava carinho e presença aos sobrinhos. Teve um filho adotivo, alvo de seu desvelo, e uma filha, a Kate, que mereceu seus mimos.

Foi uma pessoa intensa, forte e verdadeira. Ninguém precisava tentar adivinhar o Agnaldo, pois ele era autêntico e dizia o que pensava, sem rodeios.

Enfim, partiu nosso maior ídolo. Agora, só o ouviremos nas gravações. Nunca mais teremos aquela presença simpática e sempre elegante com ternos requintados ou roupas coloridas, mas sempre pronto,  barbeado e cabelo cortado pelo mesmo cabeleireiro de Sílvio Santos.

Por tudo quanto semeou de bem, ele merece um lugarzinho no céu. Jesus disse: “A casa de meu Pai tem muitas moradas”. Confiada na palavra de Cristo, sei que nosso Agnaldo está num cantinho ao lado de Jesus desfrutando da alegria eterna. Junto com Jesus ressuscitado, pois hoje é domingo de Páscoa, nosso querido cantor também ressuscita com Ele, numa Páscoa eterna.

Em minhas orações, agradeço a Deus por ter tido um amigo tão leal e carinhoso. E ao Agnaldo, eu peço olhar por todos nós nesse tempo tão difícil em que vivemos.  Iremos agora viver de suas lembranças e de uma imorredoura saudade.

Marilene Godinho




 

domingo, 28 de março de 2021

O sorriso é uma bênção


Sorrir traz tanto bem que não pode ser esquecido. Ele é uma porta aberta, um raio de sol, um abraço que os lábios oferecem. Como é bom quando a gente é recebida com um sorriso, seja numa visita, numa reunião, num consultório médico, num encontro casual. O sorriso recebido anima-nos e nos ajuda a ficar de bem com a vida. Trabalhar com pessoas de fácil sorriso, torna os afazeres prazerosos, dissipando o cansaço e ensina-nos a sorrir, também, pois ele é contagioso. Depois ouvir uma anedota engraçada, o sorriso sai solto acariciando a alma.

Segundo psicólogos e médicos, sorrir rejuvenesce e aumenta a longevidade, pois movimenta a musculatura do rosto, ajudando a manter a elasticidade da pele. Sorrir diminui a intensidade de emoções negativas, como a tristeza, e relaxa o corpo inteiro. Alivia a tensão e o estresse e mantém os músculos relaxados por até 45 minutos.

Quando sorrimos, sentimo-nos automaticamente melhores, mais leves, menos pressionados. O sorriso é bom para quem sorri e para todos que o recebem. O sorriso libera endorfina, substância química associada ao bem-estar. Ela ajuda na saúde física, mental ajudando também o sistema imunológico, melhorando a resistência às doenças. E o melhor: faz bem ao coração. Quando sorrimos, o fluxo sanguíneo aumenta, melhorando a função dos vasos, o que protege contra os ataques cardíacos e problemas cardiovasculares.

Atualmente, as tristezas vindas da pandemia do coronavírus, têm nos tirado o sorriso constante, aquele espontâneo que aquece o coração. Até quando nos encontramos, de longe, com amigos, só fazemos um aceno de carinho, pois o sorriso fica atrás da máscara. E como tem feito falta o sorriso... Mas não podemos deixar de usá-lo, pelo bem que nos faz. É preciso inventar motivos para sorrir. Mesmo um sorriso amarelo, pequeno, poderá buscar alegria pela repetição. Vamos ler um livro gostoso e sorrir; vamos fazer palavras cruzadas e sorrir. Vamos telefonar para amigas ou amigos e sorrir. Vamos evocar momentos felizes do passado, da infância, e vamos sorrir. Vamos rezar e sorrir com a ternura de Jesus e Maria. Vamos inventar motivos para sorrir neste momento em que as vacinas chegaram e, daqui a pouco, estaremos felizes outra vez.

domingo, 21 de março de 2021

Agnaldo passa bem

 

    Nosso querido Agnaldo Timóteo contraiu a Covid-19 e está hospitalizado no Hospital Casa São Bernardo, no Rio de janeiro. Conversei com sua irmã Ruth, que me atendeu com muita delicadeza. Disse que o estado de saúde de Agnaldo é grave, mas estável. Ele não está entubado e tem se alimentado bem.

    Mais uma vez estamos em oração pela recuperação de nosso cantor maior. Há 2 anos ele sofreu um AVC e esteve muito mal. Recuperou-se e, sem grandes sequelas, já estava vivendo bem e até cantando com a mesma voz maravilhosa de sempre.

    Agnaldo já havia tomado a primeira dose da vacina, mas a família acredita que ele tenha sido infectado porque foi cantar numa festa onde deve ter havido aglomeração e abraços dos fãs. O grande temor se estabelece porque ele tem 84 anos e ainda estava em recuperação do AVC. Embora exista um aspecto positivo: ele não fumava nem bebia. Passou vida inteira sem esses excessos.

    Diante desse acontecimento, um alerta para nós. É preciso tomar as duas doses da vacina para garantir a imunidade. Lembrar que a vacina tem 50,26% de proteção. Isso significa que, mesmo vacinada, a pessoa tem de continuar adotando os cuidados, como usar máscara, álcool gel e evitar aglomerações. Não esquecer que a vacina só garante com segurança que a doença venha mais fraca. Não podemos descuidar, pois agora estamos na fase crítica da pandemia com um número imenso de infectados e mortos, além do aparecimento de novas variantes do coronavírus.

    Continuaremos pedindo a Deus pela recuperação de Agnaldo. Merecemos vê-lo cantar por muito tempo ainda. É imenso o bem que ele faz com seu talento, pois sua música encanta e alenta.

    Que Deus o abençoe mais uma vez devolvendo-lhe a saúde. Enquanto rezamos, passam em nossa mente o filho bom que ele foi para dona Catarina, o irmão companheiro que ele é, o amigo incondicional da terra que o viu nascer. E aqui ficamos aguardando sua visita que sempre acontece mercê seu grande carinho por Caratinga e nossa gente.

Marilene Godinho

domingo, 14 de março de 2021

Heróis da Saúde

 

            O médico é o profissional que cuida das doenças garantindo saúde e vida. Ele sempre foi uma figura admirada e amada pelo bem que distribui para todos nós.
            Agora na pandemia do Covid-19, ele tem sido o apóstolo da medicina mais solicitado e desejado. Sua presença tem sido a mais importante nesse período em que a doença chega, avança e muitas vezes, mata. Ele, as enfermeiras e os profissionais da saúde têm trabalhado ardorosamente, dia e noite, para salvar vidas. Pelos relatos e pesquisas, sabemos do grande sacrifício que os médicos estão empregando em favor da humanidade. E o drama dos médicos é imenso diante de doentes acometidos de um mal que não tem remédios absolutamente eficazes. A angústia deles é grande ao se sentirem pequenos diante de sua missão. Não só por estarem diante de uma doença desconhecida, ainda são afligidos por falta de leitos, respiradores e outros insumos. Pontuando, ainda, a debandada de médicos em determinada região. E a falta deles faz com que os que atuam se sintam mais angustiados. Basta a gente avaliar o emocional dos médicos diante de um cliente em estado grave, sobre o qual ele aplica tudo o que lhe é possível, e no final vê morrer o paciente e sente a dor dos familiares, quando mães, pais, filhos partem.
            O envolvimento dos médicos na atual pandemia é total, uma verdadeira entrega, na qual muitos perdem a vida porque são infectados, mesmo tomando cuidados que, quase sempre, essa doença não respeita. Inumerável é o número de médicos e enfermeiras que perderam a vida para dar vida. E é bom lembrar que todo sucesso no tratamento aconteceu porque houve um médico cuidando. Lembrar, também, que no período de 2 de maio a 2 de outubro de 2020, mais de 244 médicos morreram de covid-19, número que já é maior hoje.
            O impacto da pandemia na vida dos médicos tem causado doenças graves. Um estudo sobre esse assunto está sendo feito no Brasil para avaliar o psicotrauma, o impacto psicossocial e a qualidade de vida dos médicos. De acordo com Carmita Abdo, diretora do AMB, a situação traumática pode ser diferente em cada médico com respostas diferentes.
            Temos de agradecer de joelhos a esses profissionais, que são anjos divinos na vida da humanidade. Pedir a Deus que lhes dê saúde e fortaleza para ajudar os doentes. Dar a eles a alegria para receber os clientes da Covid-19 com o sorriso que é o retrato da esperança. Recentemente, um grande amigo meu foi acometido desse mal e teve de ir para Belo Horizonte. Hoje curado, lembra e agradece a recepção que teve dos profissionais do hospital. O entusiasmo e o otimismo dos que o receberam pesou muito na sua maneira de encara o tratamento.
            Que Deus abençoe os médicos que lidam nessa pandemia, com graças de saúde, paz e muito amor. Eles merecem o bondoso olhar de Deus.
Marilene Godinho

domingo, 7 de março de 2021

Dia internacional da mulher

 


Dia 8 de março é o dia internacional da mulher. Muito justa a homenagem considerando os sofrimentos, preconceitos e lutas da mulher durante séculos. Considerando, também, as conquistas, mesmo que debaixo de batalhas e incompreensões.

Durante séculos perdurou a imagem da mulher em condições equivalentes à de escrava; ser livre era somente um direito dado ao homem. As funções principais femininas eram a reprodução, a amamentação e a criação dos filhos.

Na idade média havia grande perseguição às mulheres num movimento chamado “Caça às Bruxas”. As bruxas eram as mulheres que agiam contra o tradicional e inquestionável sistema.  Houve  até a publicação de um manual que fazia referência ao texto sagrado sobre a criação da mulher, justificando sua inferioridade por ter sido formada de uma costela defeituosa de Adão, por isso ela seria um ser humano imperfeito.

No século XIX veio o capitalismo e o desenvolvimento da tecnologia. Então, a mulher pôde trabalhar nas fábricas, mas com remuneração pequena. Era um duplo trabalho, pois as mulheres trabalhavam muito dentro e fora de casa.

As mulheres sempre insatisfeitas desejavam que a situação de inferioridade mudasse.  E um rasgo de mudança aconteceu a partir do Iluminismo e da Revolução Francesa.

Com o desenvolvimento das cidades e do constante progresso, as mulheres puderam fazer reivindicações para conseguirem direito semelhante ao dos homens. Mas tudo era feito com medo e sempre recebiam represálias. O machismo, como sempre, estava enraizado na alma do homem. No entanto, muitas mulheres conseguiram se destacar pela força do temperamento forte, do talento e do desejo de melhorias para a classe. Com esforço, conseguiram o direito de estudar e de votar. Aos poucos foram marcando seu lugar na luta pela igualdade de direitos.

Um dos pontos mais sofridos para a mulher foi, justamente, no convívio com os maridos. Machistas e preconceituosos, tratavam as esposas com rispidez e até com violência, certos de que elas não poderiam viver longe deles por não trabalharem e, por conseguinte, não terem dinheiro para a manutenção delas e dos filhos. Aliás, antigamente, a mulher que se separasse do marido era mal vista pela sociedade e, às vezes, considerada prostituta.   A culpa da separação era sempre dela.  Também as traições que as mulheres tinham de suportar eram um calvário sem remédio.

As conquistas foram chegando e a mulher, hoje, já adquiriu muitos direitos. Na literatura, no emprego público e em outras ocupações, ela já mostrou sua grande capacidade e talento. Muitas mulheres, ao longo da história, têm seu nome e suas realizações marcantes.   Mas ainda temos um caminho de conquistas pela frente. Haja vista o feminicídio que tem ceifado a vida de tantas mulheres pelos machistas sem ética e ainda acreditando que ser homem é não deixar que a mulher seja valorizada e possa exercer seus direitos. É uma questão de mentalidade, de conscientização. Como esses valores não podem ser impostos, a situação vai se arrastando à espera de uma solução efetiva.

Não podemos deixar de mencionar os homens que sempre souberam respeitar a mulher. Muitos eram gentis, educados e até apoiadores dos feitos dela.   

Parabéns a todas as mulheres! Que possamos continuar propondo nossos direitos e sermos a parte sensível e amorosa da sociedade. Nossa grande alegria é a maternidade. Só nós podemos conceber um ser humano, amamentá-lo e ensinar-lhe o caminho do bem.  Que mesmo em lutas, possamos ser a ternura, a paz e o verdadeiro amor.

Marilene Godinho

 

 

domingo, 28 de fevereiro de 2021

Relacionamento aberto

 

Atualmente está cada vez mais adotado o relacionamento aberto entre os casais. Não é um comportamento desconhecido. É sempre citado o relacionamento, no século passado, dos filósofos franceses Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir. Viviam em casas separadas, sem filhos e permitindo envolvimento amoroso com outras pessoas.

Hoje a relação aberta é adotada por muitos casais que justificam: “Os casais vêm perdendo o interesse em se fechar em contato a dois, cheio de possessividade. O amor na monogamia vai perdendo força com o passar do tempo, pois a grande atração do princípio vai se diluindo com a rotina, e o amor vai se transformando com o tempo de convívio”.

As relações abertas modernas são consensuais e igualitárias praticadas por casais que admitem contato sexual com outras pessoas, mas mantendo o esposo ou esposa como prioridade.

A psiquiatra Carmita Abdo – grande profissional no assunto – diz: “Há pessoas que não se adaptam à exclusividade e precisam buscar alternativas para viver um relacionamento saudável.” Carmita pondera: “Mas não é todo mundo que admite um relacionamento aberto. Demanda muito equilíbrio entre as partes, comunicação, maturidade e desapego.”

O conceito de família começou a existir há cerca de 5 mil anos, com o estabelecimento da propriedade privada e, consequentemente, com a herança. Daí veio a imposição de fidelidade e o surgimento do amor romântico, que vigora até hoje.

A juventude atual explora a sexualidade muito cedo e ainda conta com as redes sociais e os aplicativos de namoro que aumentam a possibilidade de conhecer outras pessoas e marcar encontros sexuais. Isso ajuda a desejar um casamento aberto.

Acredito que o casamento monogâmico faz com que a família esteja mais unida pela vida toda. E isso é bom para os filhos e para o casal que pode fazer a união ser eterna. Penso que o casamento aberto só ocorre para satisfazer o desejo sexual, pois o carinho e a amizade são alimentados no casamento comum. O casamento monogâmico acabará sendo um arranjo fora de moda.

Penso: justamente a fidelidade sexual, que é tão importante, é que será retirada dos relacionamentos abertos. E a infidelidade tem sido causa de tantos sofrimentos e término de casamentos. Talvez por isso queiram inovar fazendo da fidelidade uma condição sem importância.

Embora se respeite os que adotam essa nova postura, será difícil entendê-la se somos tradicionais e com a moral baseada nos ensinamentos religiosos. O tempo vai contar se esse tipo de amor dará certo.

Marilene Godinho

 

domingo, 21 de fevereiro de 2021

A pandemia favorece o divórcio

 

Segundo as recentes pesquisas, está havendo muitos divórcios por causa da pandemia. De acordo com os psicólogos, o convívio intenso durante o isolamento tem sobrecarregado física e emocionalmente as famílias no Brasil e no mundo.

Nessa época de pandemia, o divórcio é mais pedido pelas mulheres, segundo estatísticas. E a reclamação frequente é a tripla jornada. Essas mulheres trabalham, cuidam da casa e dos filhos. Não aguentam relacionamentos machistas, pois muitos homens não ajudam em tarefas de casa.

O aumento de convívio gera aumento de conflitos. Diante das separações, perguntamos: Onde está o amor?  Lembro-me, então, do que disse um famoso psicólogo: “O amor não sustenta um relacionamento, é o bom relacionamento que sustenta o amor.” Sabemos, também, que o amor é como uma planta que necessita de água, sol , limpeza e outros cuidados para crescer e ficar bonita.

         Antes, os casais levavam bem as diferenças porque não passavam o tempo todo juntos. Saíam para o trabalho, para encontrar amigos, para uma escapadela que dava leveza ao relacionamento em casa. Agora, não. No contexto de união absoluta, coisas pequenas ficam grandiosas. Ele fuma demais, ele não levanta bem a tampa do vaso sanitário, briga muito com os filhos. Ela reclama muito, distrai das tarefas de tanto que fica no celular, não procura fazer pratos variados  para as refeições.

A causa maior desses divórcios está no que afirmam os psicólogos: os divórcios, nessa época, ocorrem com casais que já enfrentavam problemas antes. O convívio intenso só aumentou os problemas já existentes.  O lockdown levantou o véu que ofuscava a verdade sobre alguns casamentos.  Pois, na verdade, há muitos casais que continuam unidos e muito bem. A pandemia os uniu porque souberam usar o relacionamento como recurso nesse momento de crise. Os casais que cuidaram do amor como planta rara,  têm conseguido passar bem esse período.

Uma lição que a pandemia deixa para os casais.  Desde  antigamente, o casamento é  considerado como uma conquista. Depois de realizado, os casais se acomodam na sensação de que atingiram o objetivo. E não investem na relação, não criam situações agradáveis na convivência, na motivação e no romantismo.  Quando na verdade, o casamento é o início do processo de conquista.

Investir na felicidade do casamento ajuda a manter o amor em qualquer situação.

Marilene Godinho

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Campanha da Fraternidade


O texto-base da campanha da Fraternidade 2021 tem causado indignação e polêmica. A CF sempre foi realizada pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e considerada um momento importante na espiritualidade católica.
A primeira Campanha da Fraternidade foi realizada em 1962 em Natal, Rio Grande do Norte. Depois, a CNBB continuou na realização da CF, que sempre ocorre na quaresma. A cada 5 anos é promovida de forma ecumênica, incluindo outras denominações cristãs. Os textos que norteiam a Campanha têm constituído um documento importante porque o tema escolhido sempre define a realidade concreta a ser transformada, apresentando também um lema que explica em que direção se busca a transformação.
Este ano a CFE não foi feita pela CNBB. Foi entregue ao CONIC (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs), que reuniu pessoas de várias religiões dando um sentido ecumênico. O tema é: Fraternidade e diálogo: compromisso de amor. O lema é: Cristo é a nossa paz: do que era dividido fez uma unidade.
Os que não concordaram com a CFE de 2021 alegam que o texto, as entrelinhas, os argumentos não correspondem aos ideais da Igreja Católica. Fazendo parte do CONIC para essa tarefa, seria justo haver valores católicos. Acham que não há nem o estilo nem a espiritualidade do catolicismo. Logo de início, analisando os componentes do CONIC, vemos que dois padres católicos fazem parte dele, os outros sete pertencem a outros credos. Ressaltam, ainda, que a presidente-geral é a Pastora Romi Márcia Bencke, muito criticada por ser a favor do aborto, da teoria de gênero e outras práticas condenadas pela igreja católica. Ela não seria a pessoa indicada para o ofício de redatora sendo figura de destaque do CONIC.
No texto há referência a uma grande alegria ocorrida em 2017: a comemoração dos 500 anos da Reforma. Lembrando que a Reforma marcou o cisma causado por Lutero.
Há referências às mulheres que acompanharam Jesus e o ajudaram na missão. Não houve nem mesmo uma simples citação do nome de Maria, mãe de Jesus. Nem nesse parágrafo, nem em nenhum outro. É um lapso imperdoável, sabendo do grande amor e respeito que o catolicismo dedica à Maria.
Quando o CONIC procura exemplificar pessoas e fatos sobre a violência, citam Mariele Franco e a população LGBTQI.
O cardeal Dom Odílio Scherer se posicionou em defesa da Campanha, dizendo que é preciso que sejamos capazes de aceitar sem preconceitos. Alertou que é uma Campanha Ecumênica. Depois de ampla defesa, disse que até ele mesmo não concordava com certos pontos do documento.
Já o bispo Dom Odair José Guimarães foi totalmente contra em sua mensagem. Disse que o melhor a fazer é esquecer esse documento, pois tudo que vai contra os valores da Igreja católica, não prospera, como aconteceu com a Teologia da Libertação.
Li muitas vezes o texto-base. Muito bem redigido, contendo informações valiosas e estatísticas que norteiam as propostas. As citações do evangelho são precisas para elucidar os fatos de antes frente aos de hoje. Entendo que há, realmente, um discurso não condizente com os ensinamentos da Igreja católica.
Penso que nós, católicos, não devemos nos deter nas diferenças. Não podemos prejudicar nossa quaresma – tempo de penitência, oração e conversão, caridade. Prepararmos para a Morte e Ressurreição de Jesus com o espírito de amor, mas jamais nos esquecermos que ecumenismo é respeitar as diferenças, sem abrir mão de nossos valores. Com certeza, na próxima Campanha da Fraternidade, a CNBB estará mais cuidadosa e teremos a alegria de reviver a espiritualidade e as propostas que sempre marcaram as Campanhas anteriores.
Marilene Godinho

domingo, 7 de fevereiro de 2021

O aborto novamente em pauta

 


Há pouco, a Argentina legalizou a prática do aborto no país. Estabelece que as mulheres têm direito de interromper a gravidez até a 14ª semana de gestação.  Passa a ser o 67º país a ter o aborto legalizado, argumentando que “o aborto seguro, legal e garantido por lei amplia os direitos das mulheres e garante a saúde pública”.

Diante dessa legalização, as discussões sobre o aborto retornam.

Por ser católica, preocupo-me com a parte religiosa, sobre os ensinamentos de Deus. Busco a doutrina oficial da Igreja que, sobre esse ponto, é terminantemente contra, taxativa e se propõe como definitiva.

O ponto principal da argumentação da Igreja é a defesa da vida, reiterada como um princípio absoluto, imutável e intangível. A existência de uma pessoa humana, sujeito de direitos, desde o primeiro momento da concepção, é o pressuposto para se considerar a interrupção da gravidez como um ato homicida em qualquer momento da gestação e sob quaisquer condições.  A sacralidade da vida humana e a condição da pessoa do embrião fundam a condenação incondicional do aborto, integrando argumentos de ordem religiosa, moral e biológica.

A condenação da interrupção voluntária da gravidez funda-se numa proposição de fé, segundo a qual a vida humana tem caráter sagrado por ser um dom divino.  O papa Paulo VI, citando Pio XII, não deixa dúvidas: “Cada ser humano, também a criança no ventre materno, recebe o direito de vida imediatamente de Deus, não dos pais, nem de qualquer sociedade ou autoridade humana”. Atentar contra a vida é atentar contra o próprio Deus. Do direito à vida derivam todos os outros direitos.

Uma vez que, segundo o magistério da Igreja, desde o primeiro momento de fecundação há uma pessoa humana completa, o aborto torna-se um ato moralmente inaceitável e condenável, verdadeiro homicídio. E provocar a morte de um ser humano inocente constitui uma situação de tríplice injustiça: contra a soberania de Deus, único Senhor da vida; contra o próximo, que é privado do direito de existir como pessoa; e contra a sociedade que perde um de seus membros.

O documento de 1984 da CNBB: “Por ser um supremo dom natural de Deus, todo ser humano deve ser preservado desde o primeiro instante da concepção, sustentada, valorizada e aprimorada. São inaceitáveis, como atentado contra a vida humana, o aborto, o genocídio, a eutanásia, a tortura, a violência física, psicológica ou moral, assim como qualquer forma injusta de mutilação”.

No Brasil, essa prática não virá tão cedo, pois os governantes e a maioria do povo são contra o aborto. Preocupa-nos a situação atual dos Estados Unidos, pois o novo presidente, Joe Biden, é a favor do aborto. Isso significa que o número de mortes de crianças será imensamente grande. Considerando que a maioria das mulheres faz do aborto um anticoncepcional e, pelas recentes pesquisas, mais de 20 mil crianças foram mortas por aborto, considerando os países que o adotam.  

Só nos resta rezar para que Deus nos ajude e ajude a tantas crianças que poderão morrer.  Os abortistas dizem que o aborto é uma conquista da mulher. Imaginem, uma conquista de matar!  E a vida continua e, a cada dia, vemos atos absurdos acontecendo. Só mesmo um milagre poderá conter tantas vidas interrompidas.

Os católicos esperam que o papa Francisco pronuncie sobre o assunto, já que ele é argentino e é uma voz potente digna de consideração. Quanto mais houver vozes contra o aborto, mais as mulheres poderão se conscientizar, pois a lei que legaliza o aborto não precisa ser usada pelas mulheres que não concordam com ela. 

Marilene Godinho