segunda-feira, 12 de abril de 2021

Felicidade – uma busca constante

 



Todos nós queremos ser felizes. A felicidade é definida como sendo um estado de satisfação plena, bem-estar.

Felicidade é uma palavra sempre presente em nosso dia a dia. Desejamos felicidade nos cartões de Natal, de aniversário, de cumprimento e de visita. Desejamos felicidade com tanto entusiasmo que nos parece possível entregá-la a outra pessoa pelo simples desejo. 

Muitos dizem que não há felicidade, há momentos felizes. Outros discordam porque há muitas pessoas felizes o tempo todo.  A felicidade é, muitas vezes, um estado de espírito que acompanha muita gente.   É claro que há desejos, que realizados, fazem a pessoa que desejou muito feliz. Ganhar na loteria, terminar o curso superior, encontrar uma velha amiga, conhecer cidades e países em viagem turística. Tudo isso são momentos que trazem felicidade. Mas acredito que a grande felicidade é a felicidade interior que nos leva a nos sentirmos felizes em todo tempo, e todo lugar. Ela não depende de dinheiro, embora o dinheiro – segundo Carlos Drumond de Andrade – só não traz felicidade para quem não sabe gastá-lo. Penso que sem dinheiro, sem poder comprar o necessário, sem poder dar ao filho aquilo de que ele precisa e deseja, não traz felicidade.

Para mim, os elementos da felicidade são Saúde, Paz, Amor, Dinheiro.  Lembrando que o amor a que me refiro é o amor de amigos, família e amor de namoro. Com esses elementos a felicidade acontece com facilidade. 

Sempre visitávamos uma família amiga de meu pai. Casa simples, um cafezinho com biscoito de polvilho, uma prosa boa. Um dia, a mãe dessa família disse que se sentia a mulher mais feliz do mundo com o que tinha, com a vida simples que levava ao lado do marido e dos filhos.  Há, no entanto, outras pessoas que mesmo tendo tudo, sentem-se infelizes, reclamando de tudo. 

Clarice Lispector escreveu: “Tenho felicidade o bastante para fazê-la doce, dificuldades para fazê-la forte, tristeza para fazê-la humana e esperança suficiente para fazê-la feliz.”

Há sofrimentos na vida que tiram a felicidade. Certa mãe, grande amiga minha, perdeu uma filha e disse que, desde então, nunca mais foi feliz. E a família diz que realmente ela nunca mais sorriu, cantou ou brincou como antes.

A felicidade, muitas vezes, tem de ser conquistada.  Bons amigos, família unida, trabalho e disposição para ser feliz. O amor é uma fonte de felicidade. Um poeta disse: Quando o amor pedir um pingo de atenção, por favor, chova!

Na grande parte do tempo, a felicidade vem de fatos pequenos, de coisas simples. Quando meu irmão saiu do hospital, onde ficou internado por muitos dias, em estado grave, disse: a única coisa que desejo é simplesmente estar em casa com minha família. Quero apenas sentir a vida correndo sem grandes acontecimentos. Depois de ter perdido a felicidade, só a reencontrou nas coisas simples.

Nestes momentos de tanta dor por causa da pandemia, que tem levado vidas, e trazido medo e sofrimentos, temos de arranjar momentos para sermos felizes. Encarar com otimismo essa situação difícil, sabendo que um dia ela passará e voltaremos a ser felizes novamente. Descobrir e inventar alegrias e calma para não deixar morrer a felicidade. E a fé é a maior luz para encontrarmos a felicidade em momentos de luta e lágrimas.

Marilene Godinho

 

 

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