domingo, 25 de abril de 2021

Livro – conhecimento e prazer


Transcorreu o dia do livro, 23 de abril. Não posso deixar de escrever um pouco sobre esse tesouro que faz parte de minha vida.
Sendo um veículo de conhecimento e de prazer, é ele que ensina, diverte, alegra, mostra caminhos, dá cultura e sabedoria.
Todos os grandes escritores do mundo, em entrevistas, afirmam que o livro foi o grande construtor do ofício de escrever. Completam dizendo que, desde crianças, sempre leram muito. Monteiro Lobato, ainda na infância, leu todos os livros da biblioteca de seu avô.
Por sua importância, a leitura deve fazer parte da vida de toda criança. É na infância que se formam os bons hábitos para a vida toda. E o livro deve ser o melhor companheiro de quem deseja crescer, aprender com suavidade e ter uma vida mais feliz.
Escrevo, desde 1978, e lá se vão 43 anos, dedicando-me, à literatura, principalmente para o público infantil. Posso reafirmar, com certeza, que é na infância que se deve começar a amar os livros para que o hábito de leitura se estabeleça desde cedo.
Ministro oficinas de Produção de Textos, há 30 anos, e vejo o quanto a leitura ajuda os alunos no ato de escrever. Lembrar que a leitura estimula a criatividade, exercita o cérebro, melhora a concentração e a memorização, amplia o vocabulário e os conhecimentos gerais, desenvolve o encadeamento de ideias e a habilidade de escrita, desperta o senso crítico e flexibilidade analítica e transporta o leitor para outro universo.
Para que o hábito de leitura se estabeleça, a criança tem de gostar de ler. Por isso, a família tem grande importância nesse aspecto. Só os pais podem oferecer livros aos filhos, desde bem pequenos. Mesmo sem saber ler, é bom que eles conheçam o livro e observem a capa, os desenhos e a história, que deve ser contada pelos pais ou por outras pessoas. É muito interessante ter amizade com o livro desde bem pequenos para que saibam que aquelas histórias encantadas saem do livro. A criança percebe que o livro encerra maravilhas. Assim, começa o gosto de ler sem a obrigação ou dever imposto. Quando a criança já tem esse gosto, a escola aprimora e o aluno se transforma em um leitor sem dificuldades para ler e escrever.
Continuo escrevendo e ministrando oficinas de Produção de textos, na certeza do bem que posso plantar na vida de nossas crianças. E trabalhando para que as crianças gostem de ler, teremos adultos leitores. É bom lembrar que há muitos adultos que não gostam de ler, a não ser poucos artigos de jornal. A maravilha que nos chegam dos livros, dão sugestões para a jornada. Não posso imaginar uma pessoa adulta que passe a vida ser ler Dom Casmurro de Machado de Assis; Primeiras Histórias de Guimarães Rosa; Bagagem, livro de poesia de Adélia Prado; crônicas de Rubens Braga e Fernando Sabino, livros de Fernando Pessoa. E mais uma infinidade de leituras boas.
Nesta Pandemia, o livro tem ajudado a passar o tempo com o coração feliz. Quando voltarmos à vida normal, o livro, certamente, ficará conosco.
Marilene Godinho


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