Segundo
as recentes pesquisas, está havendo muitos divórcios por causa da pandemia. De
acordo com os psicólogos, o convívio intenso durante o isolamento tem
sobrecarregado física e emocionalmente as famílias no Brasil e no mundo.
Nessa
época de pandemia, o divórcio é mais pedido pelas mulheres, segundo
estatísticas. E a reclamação frequente é a tripla jornada. Essas mulheres trabalham,
cuidam da casa e dos filhos. Não aguentam relacionamentos machistas, pois
muitos homens não ajudam em tarefas de casa.
O
aumento de convívio gera aumento de conflitos. Diante das separações,
perguntamos: Onde está o amor?
Lembro-me, então, do que disse um famoso psicólogo: “O amor não sustenta
um relacionamento, é o bom relacionamento que sustenta o amor.” Sabemos,
também, que o amor é como uma planta que necessita de água, sol , limpeza e
outros cuidados para crescer e ficar bonita.
Antes,
os casais levavam bem as diferenças porque não passavam o tempo todo juntos.
Saíam para o trabalho, para encontrar amigos, para uma escapadela que dava
leveza ao relacionamento em casa. Agora, não. No contexto de união absoluta,
coisas pequenas ficam grandiosas. Ele fuma demais, ele não levanta bem a tampa
do vaso sanitário, briga muito com os filhos. Ela reclama muito, distrai das
tarefas de tanto que fica no celular, não procura fazer pratos variados para as refeições.
A
causa maior desses divórcios está no que afirmam os psicólogos: os divórcios,
nessa época, ocorrem com casais que já enfrentavam problemas antes. O convívio
intenso só aumentou os problemas já existentes.
O lockdown levantou o véu que ofuscava a verdade sobre alguns
casamentos. Pois, na verdade, há muitos
casais que continuam unidos e muito bem. A pandemia os uniu porque souberam
usar o relacionamento como recurso nesse momento de crise. Os casais que
cuidaram do amor como planta rara, têm
conseguido passar bem esse período.
Uma
lição que a pandemia deixa para os casais. Desde
antigamente, o casamento é
considerado como uma conquista. Depois de realizado, os casais se
acomodam na sensação de que atingiram o objetivo. E não investem na relação,
não criam situações agradáveis na convivência, na motivação e no
romantismo. Quando na verdade, o casamento
é o início do processo de conquista.
Investir
na felicidade do casamento ajuda a manter o amor em qualquer situação.
Marilene
Godinho
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