Padre
Humberto Boreli será homenageado, pelos 80 anos de vida e 51 anos de
sacerdócio, com um livro biográfico e momentos de arte. Será no dia 11 de junho
próximo, às 20 horas, no Centro de convenções Dário Grossi.
Ele
merece a deferência. Primeiramente, considerando-se a figura do sacerdote que,
por si só, já evoca admiração e louvores. Como disse São João Vianney – o cura
d’Ars – patrono dos vigários: “Deus está oculto no sacerdote, como a luz atrás
da vidraça, como o vinho misturado à água.”
Na verdade, o sacerdote, de certo modo, continua a obra da redenção por
nos recordar os ensinamentos de Jesus e o caminho da salvação por meio da
Palavra e da Eucaristia. Sem os padres o
evangelho talvez se perdesse no tempo por não encontrar repetidores.
Padre
Boreli é esse sacerdote com jeito especial de evangelizar. Seu pastoreio é
caracterizado pelo amor. Coração generoso, faz da misericórdia o sentimento
mais brilhante de seus gestos e ações, desejos e prece.
A
maior parte de seu ministério sacerdotal foi como vigário e pároco. Isso
significa que quase toda sua caminhada
transcorreu-se junto ao povo. Por isso aprendeu a auscultar os corações, a
sentir as carências e alegrias do povo, a ser o bom pastor reunindo e salvando
ovelhas. Com humildade, espontaneidade e alegria cativou todos que o cercam.
Não há uma pessoa sequer que, tendo
convivido com ele, não o tenha admirado
e amado.
A
formação de grupos de espiritualidade e a construção de capelas e igrejas são a
tônica de sua missão sacerdotal. Os Cursilhos da Cristandade, o ECC, as CEBs,
Pastorais e todos os movimentos que
congregam pessoas para formar mutirão de evangelização, tiveram em padre Boreli
apoio e fomento. Edificou mais de 50 igrejas em comunidades distantes para
congregar os fiéis em grupos pequenos facilitando a comunicação, a escuta, o
seguimento.
O
Bom Semeador – título do livro – deseja definir padre Boreli. Ele semeou a boa
semente em terra fértil, em terra árida, em invernos de quietude, em outonos de
folhas caídas. Em todo o tempo, em qualquer solo, colheu primaveras porque suas
mãos souberam regar e zelar como
jardineiro do eterno, esquecido de si mesmo para se preencher das coisas do
alto. Semeou a paz, a alegria, as parábolas de Jesus e imprimiu na alma do povo
a imagem de um Deus perdoador.
Incansável,
não para nunca. Mesmo aposentado, trabalha como antes e atende e leva alento e
perdão. Os médicos sugerem que diminua a carga de trabalho e repouse mais. Ele
continua a lida e diz que nasceu para servir, e quer continuar servindo sempre,
pois foi para servir que escolheu ser sacerdote. Sua maior alegria é estar no meio do povo.
Por
tanto e por tudo, vamos manifestar-lhe reconhecimento. E convidamos todos para
esse encontro. Embora padre Boreli seja modesto, sei que ficará muito feliz com
a presença dos amigos pelos quais dedicou a vida, o melhor de sua juventude, o
mais sublime de seu sacerdócio.
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